Ontem vi o-gajo-da-minha-vida... Cruzamo-nos várias vezes durante a tarde, no centro comercial... Ele é asiático, muito alto e consome o mesmo café que eu... Apaixonei-me perdidamente por ele porém a minha timidez e a minha falta de confiança levaram a um fim instantâneo do nosso grande amor. Não tive coragem de lhe pedir o número nem tão pouco de embater nele acidentalmente por isso ele não reparou no brilho do meu olhar nem no meu sorriso estúpido enquanto não tirava os olhos dele... Depois ele desapareceu e desde então eu sonho com um novo encontro... Há amores assim...
*tirando as teias de aranha*
No outro dia aconteceu-me algo... completamente inesperado. Eu vivo numa residência académica mista que possui o melhor café que já bebi numa máquina situada na entrada. Depois do jantar e antes de retomar o estudo, eu e a M. fomos até à entrada beber café. Quando nos dirigimos ao elevador para voltarmos para os quartos encontramos um rapaz, cabelo louro, olhos claros e uns abdominais bem definidos. Tinha vestido apenas uns calções pretos, o cabelo, que estava subtilmente despenteado, escorria água e pelo seu corpo prevaleciam pequenas gotas de água perfeitamente distribuídas. Quando nos viu pediu-nos imensa desculpa e disse em inglês que enquanto estava a tomar banho alguém entrou no seu quarto e levou-lhe a roupa toda. E pediu novamente desculpas por estar assim. Apanhamos o elevador e subimos todos até ao quarto piso. Não sei o que se passou comigo mas estava a ser extremamente difícil desviar o meu olhar dos seus abdominais perfeitos. Foi um momento intenso com um daqueles silêncios muito incomodativos. Já no quarto da M. eu só disse: Não sei quem é que lhe roubou a roupa mas que incompetente. Esqueceu-se de levar também aqueles calções!
Depois de alguns fins-de-semana sem voltar a casa, na sexta fiz as malas e decidi ir apanhar um autocarro. A roupa suja para trazer era tanta que a mala, apesar de ser muito grande, mal fechava. Ia eu muito feliz a arrastar a mala enorme de rodinhas pelo passeio até à rodoviária quando esta não aguenta a pressão e parte-se. Tamanha devia ser a força que eu estava a exercer sob a mala que fiquei com o puxador na mão e a mala caiu no chão. Isto aconteceu à frente a uma paragem de autocarro daquelas grandes com algumas pessoas à espera de autocarros. Não queria acreditar... Agarrei na mala pela alça e continuei a arrastá-la, mas sem conseguir parar de rir do que me aconteceu. Temos de ser positivos e sabermos rir de nós próprios, não?!
Saí todos os dias desta semana passada à mesma hora, mas ele tinha que me encontrar no dia em que estava com uma grande ressaca... E como se isso não bastasse, ao descer as escadas para o ir cumprimentar, tenho que o pisar e "cair" em cima dele... Isto tudo em frente aos colegas de trabalho dele. A sério, estas coisas só me acontecem a mim...
E pronto, fui o caminho todo para casa a rir... E até as minhas amigas gozaram comigo, até chegaram a perguntar se eu não tinha feito de propósito.